sábado, 6 de junho de 2020

A expansão do desmatamento na Amazônia em terras indígenas


  
Fonte: Instituto Socioambiental



Em meio à grande crise mundial ocasionada pelo COVID-19, que tem deixado muitas sequelas de ordem sanitária, social e econômica(para citar apenas algumas), a temática "meio ambiente" volta a ganhar destaque no Brasil, especialmente no que diz respeito ao desmatamento da Amazônia, principalmente em terras indígenas.

Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram um aumento significativo nos índices de desmatamento da Amazônia, o equivalente a 63,75% de crescimento no primeiro quadrimestre de 2020, quando comparado ao mesmo período em 2019. Em hectares, o quantitativo desmatado do período foi de 1.367 ha, o que equivale a cerca de 1.865 campos de futebol. 

Mais preocupante ainda é saber que, desse total, 827 ha foram desmatados em áreas indígenas. Isso é consequência do afrouxamento da legislação ambiental brasileira, principalmente a partir do ano  de 2019, com a edição atos normativos de cunho federal que tem favorecido o avanço da atuação de grileiros, garimpeiros e madeireiras, em virtude do enfraquecimento das fiscalizações ambientais pelos órgãos competentes, principalmente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, que tem sofrido fortes impactos de mudanças estruturais, que, na realidade, não tem se mostrado positivas aos indicadores ambientais brasileiros.

A relação entre o desmatamento na Amazônia e a destruição de terras indígenas apresenta-se de grande importância para o debate ambiental no Brasil e chama a atenção para a questão indígena na atualidade, dada a relação direta entre redução dos índices de destruição florestal e regularização imediata das terras pertencentes a estes povos, aliadas ao fortalecimento das ações de fiscalização e punição das atividades ilegais. 

Tudo isso somente será possível por meio de um maior compromisso político-legislativo e político-executivo no Brasil com essa questão que se mostra bastante significativa no campo ambiental e é extensiva ao campo econômico e social.

domingo, 10 de novembro de 2019

VAMOS POETIZAR?



POR AQUI



Não, não posso mais
Me alimentar sadiamente
De vegetais, de animais,
Pois, a folha, o fruto, a semente
Têm estado tão estranhos!
Epa! Contém perigo, embora tão atraentes.

Sim, são  vegetais envenenados,
Agrotóxicos proibidos,
Todo dia liberados.
Por aqui, o bom senso foi naufragado
E continua amordaçado.

Animais são confinados
E cruelmente procriados.
E os hormônios que os fizeram crescer
Antes de amadurecerem,
Juntam-se ao remédio
Que cessa a sangria
E me faz adoecer.

Por aqui, a mata arde em chamas,
Clama por socorro.
E a árvore cai pela motosserra.
Indígena quer preservar,
Político quer devastar,
E capitalista só quer lucrar
Sobre o que é sagrado,
Sobre o que é um bem
Tão inestimável.

A Amazônia é santuário,
Não deveria ser explorado
Em nome do mercado.
Nem tudo deveria estar à venda.
Pois a vida, a biodiversidade
São dignas de respeito.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM DEBATE- A CÚPULA DE AÇÃO CLIMÁTICA DA ONU


Foto:Eugenio Scannavino Neto - Alter do Chão

As mudanças climáticas, dentre elas, o "aquecimento global" têm sido alvo de preocupação de vários países. O aquecimento global está vinculado ao "efeito estufa" e é um fenômeno ocasionado pelo aumento de gases na atmosfera, tais como o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. dióxido de carbono é o que representa o maior índice de emissão (70%), permanecendo na atmosfera por mais de cem anos, o que ocasiona impactos por séculos e séculos.

Mas, como conter o aquecimento global e as mudanças climáticas? 

Tendo em vista que as emissões de gases do efeito estufa tem sido intensificadas pela queima dos combustíveis fósseis(derivados de petróleo, carvão mineral e gás natural) na geração de energia, pelas atividades industriais, pelos transportes, pelo uso inadequado do solo, pelo desmatamento, dentre outros, faz-se necessário, hoje, mais do que nunca, dadas as consequências climáticas sentidas por todo o globo. Dados recentes apontam, por exemplo, que o ano de 2017 registrou a maior temperatura histórica mundial, perdendo apenas para o ano de 1880.

Recentemente, em setembro de 2019, ocorreu, em Nova York, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP-24, um evento de grande relevância para a discussão da problemática no âmbito mundial. A Convenção foi iniciada na Cúpula da Terra, durante a Rio-92, com o objetivo de  "impedir que as ações humanas interfiram de forma prejudicial e permanente no sistema climático do planeta" e, atualmente, já conta com a adesão de 197 países, dentre eles o Brasil. A tônica da Convenção de 2019 foi a de que os países precisam apresentar planos concretos para cortar emissões de gases de efeito estufa e também estratégias para neutralizar as emissões de carbono até 2050.  

Portanto, a Convenção de 2019, já lançou os preparativos para a Cúpula do Clima, que ocorrerá em 2020, ou seja, após cinco anos da realização da Cúpula do Clima ocorrido em 2015, que ficou conhecida como COP-21, momento histórico no qual o países participantes chegaram a um acordo significativo para combater as mudanças climáticas, para acelerar e fortalecer ações e investimentos necessários para um futuro sustentável de baixo carbono, o Acordo de Paris.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Queimadas na Amazônia, falácia ou realidade?

Foco de incêndio na Floresta Amazônia em São Félix do Xingu, no Pará, registrado pelo GreenpeaceImagem: Daniel Beltrá/Greenpeace


           Algo está em diferente no Brasil: há nuvens de fumaça nas cidades, nos campos. São um sinal, de que algo está errado, algo está indo embora, e... pasmem! É a Floresta Amazônica, que esvai pelo fogo das queimadas, que,especialmente no ano de 2019 estão em ritmo mais intenso do que nuca.

          Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE) atestam que houve um aumento de 82% na queimadas da Amazônia em 2019, quando são comparados os períodos de janeiro a agosto de 2019 ao mesmo período do ano de 20018. Mato Grosso, Pará, Amazonas e Maranhão são os estados com maior numero de focos de incêndio, num contexto em que a Amazônia concentra mais de 52% das queimadas de todo o território nacional.

          Ambientalistas e estudiosos tem alertado o Brasil e o mundo acerca das causas e das consequências do aumento de queimadas, reforçando a necessidade de que se tomem as providências para o reforço de políticas de preservação ambiental. Dentre as causas apontadas, chama-se a atenção para o afrouxamento das políticas federais de controle e fiscalização ambiental, ocasionando um impacto local, regional e global, tendo em vista o aumento da emissão de gases nocivos na atmosfera e, consequentemente, contribuindo para o aumento do aquecimento global.

         Os impactos ambientais, sociais, econômicos e humanos são inúmeros. Cabe a toda a sociedade brasileira apropriar-se criticamente da realidade vivenciada, debatendo a questão no seu cotidiano e não aceitar de modo acrítico as informações tendenciosas que tentam a todo custo negar a questão ambiental na Amazônia. Olhos atentos, memória aguçada e debate crítico são as melhores qualidades dos eleitores e eleitoras dos próximos pleitos eleitorais. Essa é uma das vias para a mudança social.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Evento em Educação Ambiental- V COBEAI- 2019

                                                             Fonte da imagem: o portal do evento.


V CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR

Divulgo um evento importante para todos que apoiam a causa ambiental e que almejam o fortalecimento das ações de Educação Ambiental nos diversos espaços da sociedade: O Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar (COBEAI), previsto para o mês de dezembro/2019, a ocorrer na Universidade Federal de Sergipe.

O COBEAI/2019 ocorre anualmente e tem por objetivo "promover o intercâmbio, troca de experiências  e divulgação de trabalhos desenvolvidos" na área ambiental e já está em sua 5ª edição. Ocorrerá do dia 04 a 07 de dezembro de 2019, articulado ao VIII Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar e terá como tema "Os desastres não são fenômenos naturais".

O evento terá uma programação diversificada, composta por mesas redondas, palestras, oficinas, atividades artísticas, minicursos e apresentação de trabalhos, sendo que os melhores trabalhos serão publicados na Revista Acta Brasiliensis. As inscrições já estão abertas. 

Maiores informações, no site do evento, no seguinte link: http://cobeai.escolaverde.org/site/2019/index.php/inicio




quarta-feira, 5 de junho de 2019

Dia Mundial do Meio Ambiente


Foto retirada de Searsie/iStock


Dia Mundial do Meio Ambiente


Por que tanto se fala em meio ambiente,
Neste século XXI,
Como nunca tanto se falou?
Por que neste Brasil
Tanta coisa retrocedeu?
Por que será que o desmatamento
Cresce a passos largos
Enquanto os latifundiários
Grandes, fortes, poderosos
Esmagam indígenas, camponeses,
Sob o aval da legislação?

Por que somos tantos, mil, milhões
De pessoas que falam, denunciam
Retrocessos ambientais,
Mas que vemos todo dia
Agrotóxicos que são liberados, largamente utilizados?
Não somos maioria?

Precisamos entender, tudo está interligado:
Economia, Ambiente e Estado.
Devemos fazer valer a democracia
Exigindo dia a dia
O melhor para o ser humano
Mas com a Terra, harmonia.

Vamos lembrar deste dia
Dia do Meio Ambiente
Mudando nossos valores,
Nossos hábitos, nossas atitudes.
Preservar, conservar, transformar
O espaço natural
Com responsabilidade
Às gerações presentes e futuras.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Educação Ambiental: Carta da Terra e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global

Educação Ambiental: Carta da Terra e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global




O Dia mundial do Meio Ambiente é celebrado mundialmente em 05 de junho, já está bem próximo, portanto, gostaria de compartilhar dois vídeos que ilustram dois importantes documentos para  Educação Ambiental e a Sustentabilidade.

O primeiro é narrado por Leonardo Boff, um renomado escritor brasileiro, que foi um dos redatores da Carta da Terra, iniciada na Eco Rio-92 e concluída alguns anos após.

O segundo vídeo é o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, vídeo de Michele Sato, autora renomada na área da Educação Ambiental.

A utilização de recursos audiovisuais na educação como um todo e, em especial,na Educação Ambiental,  são instrumentos eficazes para a sensibilização dos(as) educandos(as) à questão ambiental, chamando-os(as) à ação de transformação da realidade em que vivem.

Vale a pena conferir. Seguem os links:

https://www.youtube.com/watch?v=EJ6NVNGxuMc&list=PLeS66UL1FmjkV7n0BIMu4EDbgJex-C65N&index=5

https://www.youtube.com/watch?v=xe_LNLntVCE&list=PLeS66UL1FmjkV7n0BIMu4EDbgJex-C65N&index=3

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A expansão do desmatamento na Amazônia em terras indígenas

   Fonte: Instituto Socioambiental Em meio à grande crise mundial ocasionada pelo COVID-19, que tem deixado muitas sequelas de orde...